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HOMENAGEM PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

08/03/2018

IRIS DA SILVA SOUZA

“Salvando um coração” foi o nome dado à campanha que mobilizou itamontenses e moradores de toda a região, para que fosse realizada a cirurgia cardíaca de Iris da Silva Souza, de 4 anos.
“Levei minha filha mais velha (Mel) no Dr. Ari, porque estava muito resfriada, perguntei se poderia dar o mesmo remédio para a Iris, que estava com tosse. Ao examiná-la e escutar seus batimentos cardíacos, o Dr. afirmou que ela tinha um sopro no coração”, conta Carla, mãe de Iris. Desacreditados, os pais foram em busca de outros especialistas. Iris foi consultada por sete médicos que constataram a necessidade de que a cirurgia fosse realizada.
Iris foi então diagnosticada com CIA (Comunicação Interatrial), que ocorre quando existe um orifício ou “buraquinho” entre as duas câmeras do coração chamadas de átrios (esquerdo e direito). Neste caso, o sangue dos dois átrios se mistura, causando um aumento na quantidade de sangue enviado para os pulmões, sobrecarregando o órgão.
De acordo com Juliano e Carla, pais de Iris, juntamente com este diagnóstico, puderam constatar a bondade das pessoas. “o índice de rejeição na campanha foi nulo”, diz Juliano, que conta que receberam ajuda das igrejas, das comunidades e bairros, das escolas e de cidades vizinhas. Durante os três meses de arrecadação foram realizados eventos como partida de futebol, bingo, almoço, leilão de gado, rifa, brechó, além de doações e depósitos anônimos.
A cirurgia, que custou 70 mil reais, foi realizada no dia 12 de dezembro de 2017. Sem que fosse preciso fazer um corte invasivo, o procedimento de fechamento de CIA durou cerca de 1 hora e meia e Iris já pôde ir para casa no dia seguinte. Realizado desta forma, via cateterismo, o período de internação é curto, não é preciso passar pela UTI, as chances de complicação diminuem e, em poucos dias o paciente pode retornar a suas atividades habituais.
Pouco mais de dois meses da realização da cirurgia, Iris está se alimentando melhor do que anteriormente e já teve um ganho significativo de peso. Durante 1 ano fará acompanhamento mensal e, posteriormente, as consultas serão feitas de 6 em 6 meses.
A família relata a história de superação com muita emoção e gratidão. E, agora, pretendem seguir ajudando e direcionando outras famílias que passam por situações parecidas a desenvolverem campanhas como esta e terminam a fala deles afirmando que “o bem ainda é muito maior do que o mal”.

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